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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Politics&Policy



A política de proximidade vai fazendo as suas vítimas.
Desta vez fui eu a render-me – insuspeita, relapsa, mas razoável –, exactamente quando menos esperava.
Bem sei que training and consulting não são das especialidades mais amadas pelo Estado, mas mesmo assim, depois de alimentar uma impressão genérica - justificadamente algo azeda -, fiquei agora com uma (primeira) opinião concreta.
José Junqueiro é uma pessoa simpática (o que não é de somenos).
Significa isto que não é mais um parolo de Lisboa. Mais um daqueles governantes parvenus que – fora dos períodos eleitorais, bem entendido –, julgam demonstrar a sua condição de estadista ignorando o país real e desvalorizando a massa crítica que lhes legitima o posto.
Esta prática tem as suas vantagens imediatas: convence-os de que são cosmopolitas e de que são mais do que os outros. E defende-os de acordar para a crua realidade e perceber que o provincianismo não é uma geografia territorial, mas sim uma geometria mental.

Depois, aparentemente e desde já, José Junqueiro merece ainda um louvor pelo seu envolvimento, ao apressar-se a sair do Terreiro do Paço e conhecer cara a cara os seus stakeholders (e da sua tutela).
Isto devia ser uma regra, mas quem anda nisto sabe muito bem que é uma excepção ao modelo vigente no sistema.

Como em relação a outros, na sua altura - este, este e este -, não poupo elogios a quem percebe e pratica a velha máxima power is understanding.
A primeira coisa que um governante deve fazer é isto: empowerment.
Por outras palavras, entender que ninguém deve exigir responsabilidades a quem – e/ou acerca daquilo que – desconhece.