A frase de Almada Negreiros (in Ultimatum Futurista às gerações portuguesas do séc. XX, de 1917) é um bom ponto de partida.
Há uma estranha disfunção entre os portugueses, naquilo que toca à sua auto-imagem.
Quando se trata de medir as suas próprias capacidades individuais - e se lhes pediria portanto que fossem redobradamente objectivos, justos e razoáveis -, cada um é o maior.
A avaliar pelas críticas fáceis e demolidoras com que invariavelmente brindam o seu próximo (sobretudo se este estiver na berlinda), o auto-conceito de cada português é benemérito e generoso, pois nunca há desempenho alheio que o satisfaça.
Contudo, quando a avaliação incide sobre as capacidades colectivas, enquanto povo, o português é surpreendentemente exigente e do mais masoquista e auto-destruidor que pode imaginar-se.
Não há alma colectiva, não há orgulho. Não há força, nem fé, nem uma arriba! que nos sustente o salto.
Portanto, quanto à capacidade de auto-crítica (as qualidades), estamos falados. O erro de perspectiva é revelador.
Quando esta relação de forças se inverter talvez nós, portugueses, cheguemos a algum lado (?)
Há uma estranha disfunção entre os portugueses, naquilo que toca à sua auto-imagem.
Quando se trata de medir as suas próprias capacidades individuais - e se lhes pediria portanto que fossem redobradamente objectivos, justos e razoáveis -, cada um é o maior.
A avaliar pelas críticas fáceis e demolidoras com que invariavelmente brindam o seu próximo (sobretudo se este estiver na berlinda), o auto-conceito de cada português é benemérito e generoso, pois nunca há desempenho alheio que o satisfaça.
Contudo, quando a avaliação incide sobre as capacidades colectivas, enquanto povo, o português é surpreendentemente exigente e do mais masoquista e auto-destruidor que pode imaginar-se.
Não há alma colectiva, não há orgulho. Não há força, nem fé, nem uma arriba! que nos sustente o salto.
Portanto, quanto à capacidade de auto-crítica (as qualidades), estamos falados. O erro de perspectiva é revelador.
Quando esta relação de forças se inverter talvez nós, portugueses, cheguemos a algum lado (?)