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domingo, 19 de dezembro de 2010

Vou dar uma curva!






E agora vou sair do meu Quartier, por tempo indefinido (e manifesta falta dele).

Passeei pelo Boul des Capucines, como sempre. Atravessei a rua, rumo à Opera, e sentei-me na esplanada do La Paix, para a minha loucura do costume: apenas um café (não faz mal, hoje não almoço e não janto, quero lá saber!). 
Tenho comigo todos os livros que li, agarrados à pele, num mimetismo confuso e telúrico: de Proust a Mauriac, de Camus a Sagan, de Duras a Beauvoir, de Zola a Malraux.
Bebi-os e ficaram, já nem sei onde param. Mas estão seguramente aí, numa estante mental.

A partir de hoje estarei aqui, porque um grupo de gente de quem gosto, há muito, me resolveu chamar.
- Podia eu dizer que não?

Salut les gens!

What else?


Quando te deparas com a ameaça do fim, algures, à tua volta.
Não fujas.




Wishful Thinkings


Rector Magnificus.

Cristina Robalo Cordeiro

E bem preciso era.

Que esta bonita mulher lhes ensinasse com quantos paus se restaura uma canoa...

sábado, 18 de dezembro de 2010

João Paulo Barbosa de Melo





Quanto a este sucessor aqui, a coisa promete.
Nem pensem que, lá porque beneficia da regra da sucessão na lista, sofre do síndrome do erro de casting congénito.
Não é o caso.
Espera-se muito de um economista com lastro de forte intervenção cívica, um (ainda) académico de veia pragmática, um político com sólidos valores de referência.
João Paulo Barbosa de Melo é um sub-50 enérgico, teimoso, dialogante e que tem o dom de saber trabalhar em equipa, ouvindo os outros sem exigir continências.
Gosta da sua cidade e, não é por nada... mas tenham cuidado.

Como em tudo na vida, veremos.
Les jeux sont faits.

Carlos Encarnação, ou um homem não é de ferro...






Já se sabia há muito.
Quem lhe ouviu o discurso de posse, há pouco mais de um ano, adivinhou.
Lembro-me bem. E não era o desânimo que sobressaía… Pelo contrário, era a determinação. A firmeza na guerra aos que Nos fazem guerra.
Mas era já nítido, no seu calmo e longo enunciado das desfeitas sistematicamente armadas pelo poder central, o cansaço, a perda de paciência, a exasperação perante o boicote permanente a Coimbra.
Rui Rio queixar-se-á do mesmo.
Mas parte de outra base, bem diferente, porque não sucedeu a quase 20 anos de imobilismo e falta de visão, sustentados na festa permanente das bandeiras redentoras da esquerda pacóvia e abrilista.

Carlos Encarnação só não é aplaudido por dois tipos de gente: esses tais, os da oposição idiota; e os laranjinhas do aparelho local, de vistas curtas, auto-suficientes e eternos deslumbrados com as maravilhas do poder do voto: - quando calha, promessa aqui e favorzito acolá, não é que a coisa funciona mesmo e … ei-los que podem sair do anonimato inexorável a que as suas pardas vidas condenavam?

Não. Este Presidente não brincou em serviço. Mas são demasiados projectos contrariados à minúcia, demasiados mangas-de-alpaca a parasitar o Terreiro do Paço, demasiados esforços ignorados com a arrogância de quem nem deve, sequer, explicações.

Tenho pena. Carlos Encarnação não é um político qualquer, justamente porque não é uma qualquer pessoa. Tem uma fibra rara de civilidade, genuína e intrínseca. E está muitos furos acima da chicana dos pequeninos autarcas que constituem o artesanato foleiro português.
Pelo meio, leva a prova de que se pode trabalhar por uma terra com a verdadeira força da ideia democrática: quis partilhar o poder com um vereador do PC, convidando-o para um pelouro permanente durante 8 anos. E trabalhou, e funcionou, e  - ao dividir - cresceu, sem complexos de Rei-Sol.

Um homem tem pleno direito ao descanso.
E a perder a paciência.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Puro Veneno




Have to admit: life is shit! 
Except when it is an...  adorable shit

Mas este é o preço da razão.
Da pura e dura racionalidade.

Tântalo.

Suplícios


Ou morrer de sede à beira da fonte.



As tentações de Santo Antão / H. Bosch

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Barreiras




Quem me lê merece uma dedicatória.

Sobretudo num dia triplamente histórico como o de hoje.



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Misoginia


Parece um conceito risível, de tão distante e datado.

Mas continua a grassar por aí, inesperadamente.

- Será a igualdade de género assim tão difícil de digerir?

Estamos aí, meus caros:

- Banam os espelhos, liguem-se à terra.




Aceitem que gostemos -  ou não gostemos - de vós pelo que são.

Não precisam de fingir nada.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Crisis, what crisis...




Distância, para avaliar  as perdas  os ganhos.

É sempre um bom exercício.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Oui? C'est moi! II